Anote: ele se chama Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT

Do Blog de Reinaldo Azevedo, de 23/7/2008

Greenhalgh, a PF, um susposto lobbby de US$ 260 mihões e o pau comendo na casa de sinhá
Já escrevi aqui mais de uma vez que o pior dos delírios do delegado Protógenes é que eles servirão de álibi para muitos malandros, que vão sair pelas portas dos fundos, de modo sorrateiro, de uma história suja — talvez a mais suja da história brasileira. Porque envolve alguns santarrões com pés de barro.

Reportagem de O Globo de hoje, assinada por Ricardo Galhardo e Soraya Aggege, informa que relatórios do serviço de inteligência da PF apontam que um grupo de lobistas — entre eles, Luiz Eduardo Greenhalgh — exigiu imodestos US$ 260 milhões (sim, algo em torno de R$ 414 milhões) para “viabilizar” a criação da supertele: a tal fusão da Brasil Telecom com a Oi. O dinheiro, aponta a polícia, seria usado para financiar o caixa dois de campanhas eleitorais.

Até agora, Greenhalgh era tratado como “advogado” de Dantas, mas os papéis da PF sugerem que pode não ser bem assim: ele seria, digamos, um facilitador do negócio junto à esfera federal. E quem pagaria a bolada? Segundo a Polícia, o Opportunity e o Citi arcariam, cada um, com metade do custo. Que se note: Greenhalgh não estaria atuando como ser privado, advogado, mas a serviço de uma causa: caixa de campanha. Para quem? Ora, ele é um figura de expressão do PT, não é? Já foi candidato de Lula à Presidência da Câmara.

Verdade ou mentira? A história vai assumindo contornos cada vez mais rocambolescos. Desde logo, cabem algumas perguntas: só Dantas e o Citi estavam interessados na venda e, pois, se esforçariam para pagar propina? Tudo isso se fazia ao arrepio, por exemplo, de Sérgio Andrade e Carlos Jereissati, os homens da Oi e, afinal, aqueles que restarão, depois de tudo consumado, como os dois mega-empresários nativos da telefonia? Não estou acusando ninguém nem sugerindo nada. Estou apenas fazendo algumas indagações a partir do que sustenta a PF.

O que dá para saber, isto é fato, é que o pau está comendo na casa de sinhá. Os múltiplos braços do petismo na imprensa ouubimprensa estão trocando tapas. O antes tão “dilmista” Paulo Henrique Amorim resolveu atacar. Mandou ver, naquele seu estilo bem peculiar:

. Esses US$ 260 milhões de dólares só podem ter uma finalidade, como admitiu o Dr. Queiroz: fazer o “caixa dois” de campanha presidencial.
. De que candidato ?
. Do candidato in pectoris do Presidente que tem medo, é a conclusão inevitável: a ministra Dilma Rousseff, que, nas gravações dos quadrilheiros, é chamada de “Margaret”, em homenagem à “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher.
. Roussef aquela que, além do PAC, cuida também do projeto que os quadrilheiros chamam de “leite longa vida” ...