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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

sábado, 26 de julho de 2008

O FUNDO DO POÇO

Do blog do Reinaldo Azevedo

Natalino Guimarães (DEM), o deputado estadual e miliciano do Rio, que está preso, bem que poderia ser o fundo do poço. Mas ainda não era. Antes do mérito deste post, uma pequena digressão.

Quando o governo brasileiro vivia exortando — e ainda o faz — o governo da Colômbia a se entender com as Farc, indaguei por que Lula não fazia a mesma oferta a Fernandinho Beira-Mar. Ora, convenham, a minha indagação era bem razoável: afinal de contas, o bandido brasileiro nada mais é do que um elo da cadeia do narcotráfico. Ele distribuía no Brasil — e, segundo consta, mesmo preso, distribui ainda — o que os terroristas colombianos produzem: cocaína. Se o governo do Brasil acha legítimo que 45 milhões de colombianos sejam obrigados a negociar com 5 mil ou seis mil terroristas, por que os 180 milhões de brasileiros não podem admitir como força legítima os seus traficantes, não é mesmo? De resto, mais respeito: "companheiro traficante" — ou, sei lá, Suas Excelências da Coca.

Pois é... Nem precisou que Brasília estendesse a mão à democracia do pó. Ela própria começou a se organizar e já escolhe os seus candidatos. Há razões para suspeitar que o narcotráfico já se infiltrou em várias esferas do Legislativo, do Judiciário e do Executivo. Só não o havia feito de forma tão acintosa, como agora se vê: com a indicação de candidatos e até ata de reunião. O crime, que já é organizado, agora aspira à representação direta e, vê-se, começa a construir seus anéis burocráticos.

A questão se torna ainda mais interessante quando ficamos sabendo que José Rainha Jr., do MST — embora o movimento diga que ele não exerce cargo formal —, é um aliado de Luiz Cláuido de Oliveira, o Claudinho da Academia, justamente o nome que seria indicado para vereador pelo chefe do tráfico da Rocinha. Vejam que interessante: durante anos, o narcotráfico colombiano assumiu a fachada de uma luta política, nascida, juram os esquerdopatas do continente, das agruras sociais do país. Que nada! As Farc ainda conservam toda a mímica da luta revolucionária de caráter guevarista, mas são mesmo é traficantes: dedicam-se ao banditismo mais descarado e a ações terroristas.

Ora, o que falta ao nosso narcotráfico? Que alguém lhe empreste as características de um movimento de resistência, podendo falar, então, uma linguagem política também. Por que não alguém do MST para fazê-lo? Não que faltem poetas do asfalto, ONGs, artistas, cineastas, antropólogos do miolo mole e cheiradores sociais de cocaína para transformar líderes do tráfico em heróis do povo ou mártires da desigualdade — verdadeiros Lampiões urbanos. Não custa lembrar que há toda uma corrente de pensadores para a qual o cangaceiro nunca foi nada mais do que uma vítima da perversa estrutura social do sertão...

Seria mais um grande serviço à tragédia brasileira prestado pela esquerda. A atual organização do crime em facções que lembram partidos tem sua origem na convivência, durante o regime militar, de presos comuns com presos políticos, que forneceram àqueles a mística da clandestinidade e da resistência. Faz sentido: o comunismo, essencialmente criminoso, passou adiante a sua expertise. A diferença é que os bandidos comuns conseguiram ser mais eficientes do que os comunas.

Que fique claro: boa parte das ações do MST é constituída de atos criminosos, tipificados no Código Penal. E, no entanto, ninguém importuna seus líderes. Cedo ou tarde, as impunidades de naturezas diversãs vao se compondo. Na Colômbia, o delírio comunistóide das Farc encontrou uma forma pragmática de convivência com o narcotráfico — até que, não mais se distinguindo, tornaram-se uma coisa só. Tal convergência, parece, começa a se anunciar também no Brasil.

É isto: daqui já dá para vislumbrar o fundo do poço.

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