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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Mais uma fala descabida de Tarso Genro

Mais uma do tio Rei...

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No Estadão On Line. Comento no post seguinte:
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, que o voto do ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), favorável à manutenção da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol como área contínua e à saída dos arrozeiros da região ajuda a consolidar o Estado de direito em Roraima. "O Estado de direito está chegando lá", disse Tarso, mas observou, também, que o julgamento de ação popular contrária à demarcação ainda está no início. Na véspera, o STF interrompeu o julgamento sobre a legalidade da demarcação da reserva em área contínua após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Para o ministro da Justiça, com o voto de Britto - que é o relator da ação no STF - está "bem encaminhada" a solução do conflito na região da reserva. "Não adianta arrozeiro apelar para a violência e a brutalidade", disse Tarso, referindo-se à reação que tiveram os arrozeiros quando a Polícia Federal tentou retirá-los da área em maio deste ano. "Não adianta estourar pontes, fazer ações violentas contra o Estado e mobilizações que levem à violência", acrescentou.
Em declaração ao chegar ao Planalto para uma reunião ampliada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Tarso disse ainda que o voto do relator no STF demonstra "de forma clara" que o Estado de direito "está se consolidando" em Roraima. "Não é uma vitória de índio contra branco ou índio contra arrozeiro. Trata-se de uma concepção de território, de cidadania e de pluralidade."
Tarso disse que o Ministério da Justiça cumprirá a decisão final do STF sobre a reserva indígena. "Caminhamos para uma solução positiva. A linha de voto do ministro Ayres Britto dignifica o debate jurídico e constitucional e afirma os valores fundamentais que preservam os direitos dos indígenas."A ação que contesta a legalidade da reserva foi apresentada pelos senadores Augusto Botelho (PT-RR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Localizada no Estado de Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, a reserva Raposa Serra do Sol tem 1,7 milhão de hectares. Cerca de 19 mil índios de cinco etnias moram na área, em 194 comunidades. Já os produtores de arroz que têm fazendas dentro da reserva sustentaram que o laudo antropológico feito pela Funai, órgão subordinado ao Ministério da Justiça, é falho e não comprova que Raposa Serra do Sol era ocupada por índios no passado.

Comentário

Despudor - “Sentimento de vergonha, timidez, mal-estar, causado por qualquer coisa capaz de ferir a decência, a modéstia, a inocência.”

O que vai acima, em itálico, é a primeira acepção, no Houaiss, da palavra “pudor”. E o despudor, então, nesta acepção número um, é o contrário disso. Define, por exemplo, o comportamento de Tarso Genro comentando a questão de Raposa Serra do Sol.
A questão primeira, anterior a quaisquer outras considerações ou questões de opinião e gosto, é que o tema está ainda sub judice. Tarso tem todo o direito, e até o dever, de informar qual é a opinião do governo — de resto, devidamente representada e defendida no Supremo. Não pode, não lhe cabe, é-lhe vedado, isto sim, é dar-se ao desfrute do baixo proselitismo, demonizando um dos lados da disputa. Pior: enquanto o faz, sustenta o contrário. Açula uma luta entre agricultores e índios para, em seguida, negar que se trate de uma luta entre agricultores e índios.
Mais: Tarso Genro dá o parecer do relator como a sentença vitoriosa no tribunal. Pode até ser que seja — afinal, ela está sendo saudada em prosa e verso pelos setores politicamente corretos na imprensa, que chamam de “iluminada” a defesa do “novo bom selvagem” feita por Ayres Britto —, mas ainda não é.
Sobre a chegada do “estado de direito” à região, dizer o quê? Republiquei ontem, post das 5h21, o vídeo que mostra a atuação da Polícia Federal na área (se quiser ver ou rever, clique aqui). Os valentes de Tarso invadiram as fazendas sem qualquer ordem judicial. E ainda estimulam os fazendeiros a reagir...
Como, nesse caso, a pauta de Tarso coincide com a de boa parte do jornalismo indianista, considera-se tudo da mais absoluta normalidade.

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