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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

domingo, 1 de março de 2009

O BRASIL DELES 1 - OS SILVAS SEM SEPULTURA DO MST

Blog do Reinaldo Azevedo

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- João Arnaldo da Silva, 40 anos. Um tiro na perna e um na cabeça.- Rafael Erasmo da Silva, 20 anos. Um tiro na cabeça.- Wagner Luís da Silva, 25 anos. Um tiro na perna e dois na cabeça.- José Wedson da Silva, 20 anos. Um tiro na perna e dois no rosto.Vocês lêem acima os nomes de quatro pessoas executadas pelo MST no dia 21 de fevereiro. Faziam a segurança de uma fazenda em São Joaquim do Monte, no agreste Pernambucano, reintegrada a seus legítimos donos por ordem judicial e de novo sob ameaça de invasão. Dois líderes do movimento foram presos. Outros dois ainda estão foragidos. Chocante é que Jaime Amorim, um dos chefões do MST, esteja solto. Referindo-se aos assassinatos, afirmou: “O que matamos não foram pessoas comuns. Eles foram contratados para matar, eram pessoas violentas”. Informa a VEJA desta semana que apenas um dos Silvas era segurança profissional – João Arnaldo. Rafael e Wagner eram mototaxistas, e José Wedson, agricultor.A afirmação de Amorim diz quem ele é na forma e no conteúdo. Leiam lá: “O que matamos não era...” Este “o”, nem todos se dão conta, é um pronome demonstrativo, está no lugar de “aquilo”. Outro modo de expressar a moral de Amorim é este: “Aquilo que matamos...” Para o MST, gente que não serve à sua causa pode ser considerada “coisa”, um “aquilo”. O conteúdo não deixa dúvida: o movimento se comporta como tribunal, juiz e executor da pena. É a democracia deles.E como é que Paulo Vannuchi, o secretário nacional de Direitos Humanos reagiu a essas mortes? Antes que reproduza a sua opinião, lembremo-nos que é o homem empenhado em rever a Lei da Anistia. Por senso de Justiça? Não! Tenho dito aqui que é por revanchismo mesmo. Estaria eu sendo muito severo? Segundo este senhor, o MST não pode ser criminalizado em razão das mortes. E ele tem a receita para tratar os valentes: “O movimento social tem que ser equacionado sempre com diálogo".Vannuchi não me surpreende. A fala é digna de quem já serviu a uma organização, a Ação Libertadora Nacional, que tinha um manual de terrorismo. Isso significa que o agora ministro, quando militante, endossava e seguia estas palavras:“No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.(...)Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.”Como se pode ver com clareza meridiana, a cartilha moral que serviu a Vannuchi também serve a Amorim.Protestos de ONGs, dos padres vermelhos, da OAB, CNBB e afins? Nada! Os Silvas serão enterrados, e não se ouvirá um pio. Na própria imprensa, daqui a pouco, já ninguém se lembra deles. No dia 15 de fevereiro de 2005 — LEIA ABAIXO O POST O BRASIL DELES 2 - OUTRO SILVA, OS MESMOS ASSASSINOS —, escrevi um longo artigo sobre um contraste e uma impostura: a morte de Dorothy Stang causou uma comoção na imprensa brasileira e mundial; quase ao mesmo tempo, membros do MST mataram um policial. Também era um "Silva". Também em Pernambuco. Fez-se, então, um silêncio de morte. Quatro anos depois, o que mudou? Bem, agora, ao menos, Jaime Amorim admite a existência de seus tribunais de exceção e execução...Para esses assassinos, Vannuchi recomenda diálogo.

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