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Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Quem deve paga. Se não paga com grana, paga com textos

blog do Reinaldo Azevedo.

O Wanderney, da boa rapaziada do Casseta & Planeta — preciso publicar aqui a excelente entrevista de Bussunda à Primeira Leitura —, como vocês sabem, vive com o Peludão na sauna gay. Mas ele, claro, não é gay. Está ali de passagem. A brincadeira, que alguns consideram politicamente incorreta em tempos em que até o humor é submetido a cartilhas, só faz sentido porque remete à corriqueira hipocrisia dos que insistem em negar o que está aos olhos de toda gente. Sei lá. Escolham aí um político notável por ser ladrão: “A assinatura não é minha”. Ou a gorda do Zorra Total que prescreve dietas: “Eu não sou gorda”. Ou a um Reinaldo Azevedo que dissesse: “Eu não sou antiesquerdista”. Há coisas que não colam, certo?

Se o sujeito vive de facilidades conseguidas junto a um banco público — e, pois, é beneficiário de uma facilidade arranjada pelo governo de turno —, a chance de puxar o saco desse governo é, digamos, grande. Mas, claro, o cara pode ser um desses monumentos morais, não é? Mesmo vivendo da boa vontade e da caridade oficiais, esforça-se por manter a sua independência. Será o caso do Wanderney do jornalismo? Ora, basta ver como trata em seu, por assim dizer, “trabalho” as vozes do oficialismo e aquelas que não rezam segundo a cartilha.

Uso o Wanderney apenas como um exemplo popular da negação do óbvio — nada tem a ver com a questão da sexualidade. Insisto: poderia ser um político ladrão negando uma assinatura. Convenham: se o cara depende da boa vontade do governo para sobreviver e se não há, no que produz, a mais remota sombra de vontade própria, então a equação se fecha. A exemplo de Wanderney, ele diz: “Eu não sou um pau mandado, eu não sou um pau mandado”. Reitero: uso a personagem como símbolo; espero que os gays não se ofendam com a comparação.

Dou um exemplo fácil de entender. Escrevi abaixo dois textos criticando Tarso Genro por causa da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Pouco me importa o que digam: “reacionário”, “antiindígena”, “ignorante”, “troglodita”, “antipetista”, “careca”, “canceroso”. Estou cantando e andando. Tudo isso é do jogo. Vocês já me viram reclamar? Como diria o meu eterno presidente, Vicente Matheus, “quem está na chuva é pra se queimar”.

Mas eu não escreveria uma linha, não como jornalista, sobre o assunto se:
- fosse produtor de arroz em Raposa Serra do Sol;
- devesse dinheiro aos produtores de arroz de Raposa Serra do Sol;
- tivesse tido parte da minha dívida com os produtores de arroz perdoada.

Entenderam como funciona a coisa?

Quem deve tem de pagar. Se não paga com grana, paga com textos.

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