Vejam só como funciona o mercado quando um governo nitidamente socialista e interventor toma de assalto o patrimônio público, desvirtua instituições, cria relações espúrias com o capital privado e vive da mentira compulsiva e da mistificação do pobrismo.
O mercado financeiro tem sido atingido por uma forte e persistente volatilidade, em boa parte reflexo da crise de liquidez causada pela crise do sub-prime norte americano; porém no cenário doméstico altamente influenciada por notícias corporativas que surgem de setores fortemente regulados pelo governo federal, como os de geração de energia, telefonia e exploração petrolífera.
Todos lembram do salto nos preços das ações da Petrobrás causado pela divulgação de notícia "velha" sobre a descoberta do megacampo Tupi, providencialmente re-divulgada no dia seguinte ao do apagão do gás natural, de modo a lançar uma cortina de fumaça sobre as incompetências administrativas resdultantes da massiva influência petista no setor. Agora, duas notícias denunciam novamente o padrão de desinformação que o governo usa para manipular o mercado e a opinião pública:
Governo não prevê mudar lei de concessão de hidrelétricas
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A legislação que define os prazos de concessão púlica de usinas hidréletricas no país não deverá ser alterada neste governo, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nesta sexta-feira.
As incertezas sobre a renovação da concessão de duas usinas operadas pela paulista Cesp foram citadas como fatores que colaboraram para o fracasso do leilão de privatização da empresa nesta semana.
Segundo Lobão, um comitê será montado pelo governo para estudar o assunto.
"Eles vão fazer sugestões, orientações, algo mais profundo, responsável, para que haja uma luz sobre o futuro, o que não quer dizer que deva ser feito neste governo", disse ele.
Segundo Lobão, o governo não tem pressa para debater o tema, porque as concessões só expiram daqui a sete anos.
"Haverá tempo e o próximo Congresso, o próximo governo, se julgar conveninente, que promova a alteração da lei."
Ele explicou que algumas concessões já foram renovadas uma vez, entre elas as de algumas usinas da Cesp, e a lei em vigor impede uma segunda renovação.
"A lei impede uma nova renovação. Elas voltarão ao controle da União, que fará uma nova licitação, no caso da Cesp e no caso de outras empresas, como Furnas e Cemig". O governo vai levar em consideração a modicidade tarifária, uma vez que os investimentos feitos nas usinas já deram retorno.
TÉRMICAS
Lobão afirmou que na próxima reunião do Comitê de Monitoramente Elétrico, que ocorrerá em 15 dias, o governo "provavelmente" optará pelo desligamento das térmicas a óleo e a diesel, que estão operando no sistema.
Segundo ele, os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis que permitem o desligamento dessas térmicas, mais caras e mais poluentes.
O ministro afirmou que, atualmente, as térmicas no sistema geram 5 mil megawatts, e a saída das unidades a óleo e a diesel representará menos de 2.500 megawatts.
"Devemos manter as térmicas movidas a gás... a economia prevista é de 400 milhões de reais ao mês", disse.
O ministro disse ainda que no próximo mês começam as reuniões técnicas para a construção de hidrelétricas na fronteira com países sul-americanos, que terão parceria do Brasil com seus vizinhos.
Lobão não deu detalhes, mas afirmou que os projetos fazem parte de acordos firmados com os presidentes da Bolívia, Argentina e Peru para a construção de seis hidrelétricas.
"São seis usinas na fronteira, com capacidade de geração de 10 mil megawatts. A partir do próximo mês vamos começar a fazer contato com os ministros de Energia desses países, para tomar decisões. Com os presidentes, já está acertado", disse Lobão, ao informar que, dessas seis, três seriam na fronteira com a Argentina, duas com a Bolívia e uma na fronteira com o Peru.
Questionada pela CVM, Oi nega compra da Brasil Telecom
SÃO PAULO (Reuters) - Ainda que admita que "obstáculos relevantes estejam próximos de serem superados", o grupo Oi negou nesta sexta-feira, em comunicado ao mercado, que as negociações para a compra da Brasil Telecom estejam finalizadas.
A companhia divulgou nota em resposta a questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já que notícias do fechamento do negócio estavam na imprensa nesta manhã com detalhes do acordo, ainda que sem fonte oficial. Como as empresas ainda não haviam divulgado nenhuma informação aos acionistas, a autarquia questionou a veracidade das reportagens. No comunicado, a Oi afirma que as negociações para a compra do controle da Brasil Telecom "continuam, sem, no entanto, terem sido concluídas". Na manhã desta sexta-feira, a assessoria de imprensa da Oi havia confirmado o acordo à Reuters, por telefone.
Ao longo desta sexta-feira, as ações das duas companhias estiveram entre as maiores altas da Bovespa. Os papéis da Brasil Telecom lideraram as altas do dia, com elevação de 8,52 por cento, a 19,48 reais. Já as preferenciais da Oi subiram 6,06 por cento, a 45,50 reais.
De acordo com a nota, a Oi tomou conhecimento de que "obstáculos negociais relevantes existentes entre os acionistas controladores da Brasil Telecom estariam próximos de serem superados". Caso isso se confirme, diz a empresa, "as negociações deverão se intensificar e tomar nova dinâmica para ultimar a pretendida aquisição".
A empresa ressalta, no entanto, que ainda não existe acordo sobre os termos da transação e que nenhum documento preliminar foi assinado entre as operadoras.
Os rumores de uma fusão entre Oi e Brasil Telecom se intensificaram em janeiro deste ano. As companhias admitiram as conversas e a Oi já informou anteriormente que a compra do bloco de controle pode ficar entre 4,5 bilhões e 5,2 bilhões de reais.
A união das duas operadoras ainda depende de um decreto presidencial que altere o atual Plano Geral de Outorgas (PGO), que hoje impede que uma companhia detenha duas concessões públicas de telefonia, o que seria o caso nessa fusão.
O governo federal já deu demonstrações públicas de apoiar a fusão, como forma de criar uma companhia nacional forte para fazer frente ao avanço de grupos multinacionais como Telefônica e Telmex.
(Por Taís Fuoco; edição de Alexandre Caverni)
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Fica evidente nestas duas notícias que o governo utiliza duas éticas distintas para julgar e proceder em situações semelhantes: no caso da Cesp, cria uma chicana regulatória para prejudicar politicamente seus adversários na eleição municipal que se aproxima, causando prejuízos ao patrimônio da estatal Cesp que viu suas ações despencarem no mercado. Já para o caso das teles, o governo se predispõe a dar uma canetada e alterar as regras do jogo de maneira a favorecer grupos empresariais ligados a pessoas próximas (Telemar - Gamecorp - Lulinha) e a favorecer uma pretensa patacoada nacionalista. Vergonhoso...
Quem somos
- PANACEIA POLÍTICA
- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
- Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade
sábado, 29 de março de 2008
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