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Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Brasil agora já tem “pai” e “mãe”. Ou: O rei das quentinhas e a mitificação de biografias

Por Reinaldo Azevedo

Até onde Lula nos conduzirá com o seu permanente assalto à lógica, como se fosse uma dessas personagens de vaudeville meio cômicas, embora o bufão pretenda ser levado a sério? Ontem, leiam notícias abaixo, ele acusou as oposições de só pensar em 2010 durante um, vejam só, comício em Tocantins. Estava cercado de nada menos do que 28 prefeitos de partidos da base de sustentação do governo, alguns deles candidatos à reeleição. Acusou ainda os adversários de só usar o povo como “moedas eleitorais” — as quatro mil pessoas que compareceram ao evento na cidade de Dianópolis receberam uma quentinha e foram levadas por ônibus fretados pelo governador do Estado, Marcelo Miranda (PMDB)... Ah, sim: ele estava lá para distribuir títulos de propriedades de lotes irrigados por uma barragem (veja abaixo). Ao todo, distribuiu 4,5 mil hectares: 2,3 mil para cinco empresários, e 2,2 mil para 58 famílias... Tudo irremediavelmente velho, atrasado, mesquinho.

Se Lula, ontem, era o veio cômico, a ministra Dilma Rousseff se encarregava de dar a nota do vitimismo triunfante. Numa solenidade em homenagem ao Dia da Mulher, no Senado, chorou de novo ao lembrar os anos da ditadura e, ó surpresa!, disse ser mesmo a... “mãe do PAC”. Já volto a este ponto. Antes, uma digressão.

A digressão
Não é a primeira vez que a ministra se emociona ao falar do seu passado. Ah, não. Não lhe tiro os motivos, é claro. Observo é que ela nunca fez, também, um mea culpa por ter participado de grupos que aderiram ao terrorismo e que, se vitoriosos, teriam implantado uma ditadura comunista no Brasil — daquelas que fazem sempre milhares ou milhões de mortos. Os políticos têm o direito de mitificar o seu passado. A gente não precisa cair no conto.

Minha tolerância intelectual com esse drama, confesso, é bem pequena. Vejo tantos motivos para alguém se orgulhar de ter sido comunista e recorrido às armas como vejo para alguém se emocionar por seu, sei lá, passado fascista. Por que temos de prantear as doces ou amargas memórias de delírios totalitários? Os erros do Regime Militar, parece, estão devidamente punidos — ou excessivamente punidos até, e os brazucas arcam com o peso desse excesso: as pensões e indenizações pagas tanto aos que merecerem como a espertalhões, que formam a larga maioria. Para vocês terem uma idéia, com critérios os mais largos e mais amplos, o regime é acusado de ter matado 424 pessoas. Entre indenizações e pensões permanentes, os beneficiados já passam de 13 mil pessoas.

Mas entendo que Dilma chore de novo. A tentativa de construir um mito vive a sua fase larvar. Vamos ver como evolui até 2010.

Mãe do PAC

O Brasil já tinha um novo “pai dos pobres”, aquele senhor lá do primeiro parágrafo, o novo Rei das Quentinhas. E agora tem a “mãe do PAC”. Vejam só: dinheiro não nasce em árvore. O “PAC” é só um apelido, um nome-fantasia, para a aplicação de verbas do Orçamento e de investimentos privados que usualmente são feitos, como direi?, em todos os países do mundo. Este governo pode, como fizeram outros, eleger um grupo de obras consideradas prioritárias. Não mais do que isso.

Um tanto por culpa nossa, da imprensa, é preciso admitir, o Programa de Aceleração do Crescimento passou a ser tratado como algo suplementar, que estivesse além do cumprimento daquelas que são mesmo as obrigações do governo: investir em infra-estrutura, criar um ambiente favorável aos investimentos privados — tarefas, em suma, de quem vence a eleição. Quer dizer que Dilma Rousseff é a mãe geradora de um programa especial? Sem ela, o dito-cujo não teria vindo à luz?

Então voltamos à fala inicial de Lula: quem, afinal de contas, atua apenas de olho em 2010? Será mesmo a oposição?

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