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domingo, 25 de maio de 2008

Ortega lamenta a morte de terrorista das Farc

Diego Schelp, jornalista da Veja, direto da reunião do Foro de São Paulo em Montevidéu

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, apresentou neste domingo no Uruguai suas condolências pela morte do chefe das Farc, o grupo narcoterrorista que tem mais de sete centenas de pessoas aprisionadas na selva colombiana. Ortega teve a honra de encerrar, com seu discurso, o Foro de São Paulo, um encontro de organizações de esquerda latino-americanas liderado pelo PT. E dedicou sua fala totalmente a Manuel Marulanda, o Tirofijo.
A platéia aplaudiu constantemente e com ânimo os elogios feitos pelo nicaragüense ao chefe terrorista, cuja morte foi anunciada no sábado pelo governo colombiano. As declarações do presidente sandinista e a reação dos participantes do evento não deixaram dúvidas de que as Farc, ainda que desta vez não estiveram presentes, seguem tendo amplo apoio dentro do Foro de São Paulo. Alguns trechos do discurso de Ortega:
“Recebemos hoje a notícia do falecimento do comandante Manuel Marulanda Vélez, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Tudo indica que a notícia é verdadeira. Há um comunicado das Farc confirmando esta notícia. Eu quero expressar minhas condolências e minha solidariedade para com as Farc e para com a família do comandante Marulanda. Um lutador extraordinário que vem batalhando desde muitos anos. Um guerrilheiro com a luta, agora interrompida, mais longa da história da América Latina e do Caribe. Uma luta que tem suas origens, suas raízes, nas profundas desigualdades que vive o povo irmão colombiano.”
Terroristas? – “Que autoridade pode ter o regime colombiano, os ianques e os europeus para classificar quem é terrorista e quem não é terrorista? Nós sim, podemos classificar quem são os terroristas. Terrorista são o governo ianque e os governos europeus, que praticam um terrorismo não apenas quando fazem uso da força militar contra o nosso povo, como estão fazendo agora no Iraque, no Afeganistão ou em ameaças a outros povos. Estão praticando um terrorismo de maneira sistemática, assassinando milhões de seres humanos no planeta com suas políticas econômicas. Eles seguem explorando nossos povos e se irritando quando nos atrevemos a falar, e nos mandam calar.”
“A Colômbia se tornou, na América Latina, o governo mais desestabilizador da região. Por quê? Porque há um movimento revolucionário de diferentes organizações – as Farc, o ELN e outras -- e formado por populares que tentam lançar-se no plano político e que corriam o risco de serem assassinados. Como foram assassinados milhares de colombianos que entregaram as armas, no passado.”
‘Homem humilde’ – “Há alguns anos, quando o governo colombiano estava negociando um acordo com as Farc, eu fiquei conversando com o Marulanda. Era um homem humilde, o Marulanda, que falava com humildade. E me sinto honrado de ter-lhe dado, em nome de nosso povo, a ordem “Sandino”. Manuel Marulanda Vélez, um valente, um lutador. E naquele momento, vejam vocês, o guerrilheiro colombiano não era considerado terrorista.”
“O ataque colombiano ao território equatoriano foi um ato de terrorismo de estado. Raúl Reyes era o companheiro que vinha adquirindo, e já havia adquirido, a maior experiência e capacidade para buscar o entendimento e os contatos em todo o campo internacional. Ele era recebido por todos lados. Quem o recebia eram homens e mulheres de boa vontade que queriam a paz na Colômbia. Não eram apenas os revolucionários que o recebiam.”
“Digo aos amigos das Farc que temos de continuar batalhando pela paz na Colômbia. Nossa meta é ir rompendo com as amarras que as reformas neoliberais impuseram ao nosso povo.”
“O povo unido, jamais será vencido. Viva o Foro de São Paulo!”
“Viva!”, gritou a platéia.

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