Governo de Zeca do PT pagava propina, diz Promotoria
Por Rodrigo Vargas, na Folha:
Um esquema de propina foi operado nos dois últimos anos do governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (1999-2006), em Mato Grosso do Sul, segundo o Ministério Público Estadual. Os pagamentos beneficiaram empresários, servidores públicos, jornalistas, radialistas e um dirigente do PT no Estado com repasses ilegais de dinheiro público.
A denúncia está detalhada em quase 700 páginas de seis ações penais propostas pelo Ministério Público Estadual no início de março, que ainda não foram analisadas pela Justiça.
Por meio de quebras de sigilo bancário e a análise de 31 notas fiscais emitidas por uma empresa de publicidade, a Promotoria diz ter confirmado que o suposto esquema -que teria desviado cerca de R$ 30 milhões- também servia para destinar somas mensais a "pessoas de interesse da cúpula" do governo estadual, o que levou a Promotoria a denominar o mecanismo de "mensalão".
Entre os 33 "mensalistas" citados nas ações estão o ex-presidente regional do PT Mariano Cabreira, a empresária Mara Lúcia Freitas Silvestre, concunhada do ex-governador, e Nélcia Rita Cardoso Andrade Franco, que em 2006 trabalhou como apresentadora nos programas de TV da campanha à reeleição do presidente Lula.
A investigação seguiu a trilha de R$ 1.528.704,87 em pagamentos feitos pela Secretaria de Comunicação à agência de publicidade Art&Traço Publicidade e Assessoria Ltda., de Francisco Saturnino de Lacerda Filho e de sua mulher, Sônia Maria Cury de Lacerda.
Um esquema de propina foi operado nos dois últimos anos do governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (1999-2006), em Mato Grosso do Sul, segundo o Ministério Público Estadual. Os pagamentos beneficiaram empresários, servidores públicos, jornalistas, radialistas e um dirigente do PT no Estado com repasses ilegais de dinheiro público.
A denúncia está detalhada em quase 700 páginas de seis ações penais propostas pelo Ministério Público Estadual no início de março, que ainda não foram analisadas pela Justiça.
Por meio de quebras de sigilo bancário e a análise de 31 notas fiscais emitidas por uma empresa de publicidade, a Promotoria diz ter confirmado que o suposto esquema -que teria desviado cerca de R$ 30 milhões- também servia para destinar somas mensais a "pessoas de interesse da cúpula" do governo estadual, o que levou a Promotoria a denominar o mecanismo de "mensalão".
Entre os 33 "mensalistas" citados nas ações estão o ex-presidente regional do PT Mariano Cabreira, a empresária Mara Lúcia Freitas Silvestre, concunhada do ex-governador, e Nélcia Rita Cardoso Andrade Franco, que em 2006 trabalhou como apresentadora nos programas de TV da campanha à reeleição do presidente Lula.
A investigação seguiu a trilha de R$ 1.528.704,87 em pagamentos feitos pela Secretaria de Comunicação à agência de publicidade Art&Traço Publicidade e Assessoria Ltda., de Francisco Saturnino de Lacerda Filho e de sua mulher, Sônia Maria Cury de Lacerda.
Jornalistas
Em 8 de novembro de 2005, a Art&Traço depositou um cheque de R$ 10 mil na conta do ex-dirigente petista Mariano Cabreira. O pagamento, segundo a Promotoria, foi feito no dia seguinte à liberação, pelo governo, de R$ 13.828,78 referentes a um dos serviços supostamente prestados pela agência Art&Traço. "[Cabreira] era beneficiado com R$ 10 mil mensais, oriundos de recursos levantados com a "compra" de notas fiscais", diz a denúncia.Entre os jornalistas que o Ministério Público Estadual aponta como beneficiados do esquema, estão ex-assessores de imprensa do governo e outros que, segundo a Promotoria, ganhavam para "divulgar matérias de interesse do governador" em jornais e rádios. Um deles, Eduardo Ribeiro de Carvalho, recebeu, segundo a Promotoria, R$ 5.000 para "divulgar uma matéria" omitindo "detalhes que prejudicariam a imagem do ex-governador".
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