Quem somos

Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
Olá! Somos um grupo de amigos preocupados com os rumos tomados pela nossa insólita Nação que, após anos de alienação intelectual e política que tolheu de muitos a visão do perigo, caminha a passos largos rumo a um socialismo rastaquera, nos moldes da ilha caribenha de Fidel, ou ainda pior. Deus nos ajude e ilumine nesta singela tentativa de, através deste espaço, divulgar a verdade e alertar os que estão a dormir sem sequer sonhar com o perigo que os rodeia. Sejam bem vindos! Amigos da Verdade

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Apavorante...

Amigos

Estava dando uma olhadela matinal na internet e me deparei com este texto no FDR. Fiquei realmente assustado. O que consta no artigo de Carlos I.S. Azambuja, além da extensa explanação da intrincada hierarquia do socialismo internacional, me fez lembrar o que já li sobre o período pré 64 e as manobras e agitações comunistas que terminaram por levar o Brasil à contra revolução e aos anos do governo militar. Esta é a verdadeira face do PT, que controla o País e que apenas superficialmente se deixa revelar por sua face mais branda, que é a da corrupção administrativa e da ideologia barata. Estas instâncias citadas no texto de Carlos I.S. Azambuja são realmente o think tank do comunismo latino-americano, de onde as macro decisões são planejadas e emitidas no guiamento da tomada socialista do continente.

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Carlos I.S. Azambuja
Historiador e Fundador do FDR
© 2008 MidiaSemMascara.org

O Trabalho na Luta pelo Socialismo (OT-LPS) deve suas origens no grupo trotskista francês Organização Comunista Internacionalista (OCI) que, em 1972, dirigido por Pierre Lambert (recentemente falecido), produziu um documento assinalando a necessidade da constituição de um Comitê de Reorganização da Quarta Internacional (CORQI). Logo aderiram a essa idéia, na América Latina, o Partido Operário Revolucionário (POR) boliviano e o Política Obrera (PO) da Argentina. Em seguida, em 1975, no Brasil, ocorreu a unificação da Fração Bolchevique Trotskista (FBT) com os também trotskistas Grupo Outubro (GO) e Organização de Mobilização Operária (OMO) – esta, uma dissidência da Organização de Combate 1º de Maio (OC-1º de Maio) -, constituindo a Organização Marxista Brasileira (OMB). No ano seguinte, 1976, unificaram-se a OMB e a OC-1º de Maio, surgindo a Organização Socialista Internacionalista (OSI), vinculada à Quarta Internacional/Comitê Internacional (QI/CI). Esse novo grupo trotskista, face à sua grande influência no Movimento Estudantil, ficou mais conhecido como LIBELU, acrônimo de Liberdade e Luta. Em 1979, quando do seu 2º Congresso, a OSI, por divergências internas quanto à linha sindical a ser implementada pela Organização, sofreu uma cisão e os militantes que saíram criaram a Organização Quarta Internacional (OQI), posteriormente Partido da Causa Operária, hoje registrado perante a Justiça Eleitoral. Em maio de 1984, quando do seu 7º Congresso, a OSI passou a denominar-se Fração Quarta Internacional (FQI), vinculando-se internacionalmente à Quarta Internacional/Centro Internacional de Reconstrução (QI/CIR), entidade constituída em 1981 em uma reunião da maioria das seções que anteriormente haviam formado a QI/CI. A QI/CIR passou a editar a revista “La Verité”, intitulando-a de “revista teórica da Quarta Internacional”, distribuída às seções nacionais em inglês, alemão, espanhol, português, russo, servo-croata, grego, árabe, chinês e bengali. Mais adiante, em agosto de 1997, a OT-LPS também sofreu uma cisão, atribuída “à degenerescência política da OT-LPS a partir do momento em que o Partido dos Trabalhadores elegeu os seus primeiros parlamentares e da capitulação do partido (PT) frente ao Estado-burguês”, daí surgindo um grupo denominado Fórum Marxista-Trotskista Internacional, o qual, aparentemente, já se dissolveu.
A QI/CIR atualmente denomina-se Corrente Comunista Internacionalista (CCI). Em 2006 uma nova cisão ocorreu na corrente O Trabalho, dando origem a dois grupos, em princípio denominados Corrente O Trabalho do PT (Maioria) e Corrente O Trabalho do PT (Minoria). O motivo: a atitude do Secretariado Internacional (SI) da CCI em relação à revolução venezuelana e ao governo Lula e o PT, que causou uma cisão entre os dirigentes de O Trabalho.O Trabalho do PT (Maioria) assinala que o SI da CCI tem uma posição sectária frente a Hugo Chávez: “Chávez que, pela sua entrada no Mercosul, vira as costas à defesa da soberania da Venezuela e se orienta em direção a uma submissão ao imperialismo (...) e chama à ruptura política com Kerenski-Chávez e a não a sustentar esses bonapartes“ (Resolução do Conselho Geral da CCI, março de 2006).
O Trabalho do PT (Maioria) considera que igualar Chávez a Kerenski é uma posição sectária, pois Kerenski era “um contra-revolucionário”; apoiou a reeleição e Chávez, defendendo uma plataforma antiimperialista e operária, e criticou a entrada da Venezuela no Mercosul, “que é o maior perigo, hoje, para a revolução venezuelana”. Por outro lado, a política do SI e seus apoiadores continua sendo “a defesa do PT”. Por isso, “ressuscitaram a defesa do PT através de Markus Sokol e Misa Boito”, ambos membros da direção de O Trabalho do PT (Minoria) e da Direção Nacional do PT. A tese apresentada por ambos, inscrita no Diretório Nacional quando do Encontro Nacional do PT, afirma: “Conclamamos ao combate pela defesa de um Partido dos Trabalhadores sem patrões, tal como o PT foi constituído, tal como ele deve continuar a existir (...)”.Esse é considerado pela Maioria e Minoria de O Trabalho, o fundo da questão: lutar para construir um partido operário independente – como prega a Maioria - ou ser a asa esquerda do aparato de Lula? A posição de O Trabalho do PT (Maioria) é “ajudar a classe trabalhadora a construir um partido operário independente, por dentro e através da crise do PT, preparando a ruptura que a política de Lula e da maioria do Diretório Nacional tornou inevitável. Porque não abandonamos o programa é que reafirmamos que se Lula quer apoio para sua reeleição deve romper com o imperialismo e atender imediatamente as reivindicações mais sentidas do povo trabalhador do campo e da cidade”. E conclui o documento de O Trabalho do PT (Maioria), assinado por Serge Goulart, do Diretório Nacional da corrente OT (Maioria), membro do Diretório Nacional do PT e Coordenador dos Conselhos das Fábricas Ocupadas e em Luta: “Nosso caminho é o da ação. (...) O SI não tem autoridade estatutária para expulsar uma seção. Essa é uma prerrogativa do Conselho Geral ou do Congresso Mundial. O SI e uma minoria não têm o direito de declarar que ‘a maioria se colocou fora do quadro e rompeu com a Quarta Internacional’. Ainda mais que o Estatuto Internacional diz que as seções nacionais são soberanas. É absurdo. Por isso, como Direção Nacional, legitimamente eleita no XXV Encontro Nacional de O Trabalho (Congresso de O Trabalho), vamos recorrer ao Congresso Mundial (da Quarta Internacional) e levar uma batalha internacional contra tamanho crime político. As seções trotskistas vão reagir (...)”.
Em abril de 2007, na Conferência Nacional da Corrente O Trabalho (Maioria) foi dado a conhecer a nova denominação da Organização: Esquerda Marxista do PT, e assinalado que a cisão perpetrada pelo SI e a minoria da Corrente OT “foi a expressão de uma seqüência de erros políticos que conduziram os militantes agrupados no SI (4ª Internacional) a um impasse em todo o mundo. As razões da cisão são razões políticas e diferenças profundas que se acumularam no decorrer da luta de classes. A cisão da fração minoritária dirigida pelo SI (Lambert/Gluckstein) e Sokol está baseada em uma cortina de fumaça. O fundo da questão é a atitude em relação à revolução venezuelana e ao governo Lula e o PT, ou seja, sobre a questão da construção da 4ª Internacional”. Na Resolução Política da Conferência Nacional da Maioria de O Trabalho, foi definido que a Corrente luta pelos seguintes pontos:Lutamos contra o Governo de Coalizão entre o PT e os partidos burgueses. Impulsionamos o Movimento Negro Socialista (MNS), lutando contra o racismo e pela universalização dos direitos. Organizamos a Juventude Revolução (JR) em defesa das reivindicações e do socialismo. Nossos camaradas ferroviários ocuparam um papel dirigente no combate de resistência contra a extinção da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) e em defesa dos direitos e reivindicações dos ferroviários. Dirigimos, desde 2002, o Movimento das Fábricas Ocupadas (Cipla, Interfibra, Flaskô e outras) reivindicando a estatização sob controle operário. Ocupamos latifúndios junto com o MST e agimos junto com o movimento por moradia. No Congresso Nacional do PT impulsionamos uma Tese (Um Programa Socialista para o Brasil) que defende a abolição da propriedade privada dos grandes meios de produção, a ruptura da coalizão do PT com a burguesia, o fim do pagamento da dívida externa/interna. Defendemos a revolução venezuelana com a campanha Tirem as mãos da Venezuela”. Com relação à referência ao Coordenador dos Conselhos das Fábricas Ocupadas e em Luta, que em 8, 9 e 10 de dezembro de 2006, em Joinville, SC, foi realizado o Encontro Panamericano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril, o jornal O Estado de São Paulo publicou um texto, em 18 de junho de 2006, sob o título “Socialismo Chavista chega ao País”, segundo o qual o governo venezuelano financia empresas brasileiras que quebraram e foram assumidas por seus trabalhadores. Diz a matéria que seguindo à risca o projeto de “Socialismo do Século XXI”, Hugo Chávez vem financiando empresas brasileiras que, à beira da falência, foram ocupadas e hoje são dirigidas por trabalhadores. As três empresas beneficiadas são administradas por funcionários ligados a um movimento de orientação socialista que prega a ocupação das fábricas para tentar manter os postos de trabalho”.
O “movimento de orientação socialista” a que se refere a matéria é a Esquerda Marxista do PT, e o Coordenador dos Conselhos das Fábricas Ocupadas em Luta é o militante trotskista Serge Goulart, membr do Diretório Nacional da Esquerda Marxista e do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.As três empresas são a Cipla e Interfibra, ambas com fábricas em Joinville, SC, e a Flaksô, de Sumaré, SP, todas atuantes no setor de plásticos, com 1.300 empregados e pertencentes ao grupo HB, formado por Anselmo Batschauer e Luis Batscheauer, ocupadas pelos trabalhadores em outubro de 2002.O governo venezuelano vem fornecendo a essas empresas resinas de PVC, polietileno e polipropileno, entre outras matérias produzidas pela estatal Petroquímica da Venezuela. Em 2005, receberam 600 toneladas de matéria-prima, o equivalente a 2,5 milhões.

Sede Nacional da Esquerda Marxista
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Contatos: (11) 3615-2129 - esquerdamarxista@marxismo.org.br

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